Os Jogos Rio 2016 e a crise política que assola o Brasil

Os Jogos Rio 2016 e a crise política
Por que tradicionalmente o Brasil não investe em outros esportes como faz com o futebol? É claro que estamos falando da grande paixão nacional, capaz de mobilizar as massas e propiciar um sentimento de unidade nacional. Por esses e outros motivos a seleção brasileira de futebol sempre despontou como algo valioso para os objetivos políticos dos grupos dominantes. Mas a pergunta que se poderia fazer atualmente, quando estamos em tempos olímpicos, é: a boa participação brasileira na maior competição mundial, a primeira realizada na América do Sul, não poderia ser também considerada uma interessante oportunidade para a promoção, principalmente em tempos de crise política e institucional como a que vivemos atualmente? 

No entanto, muitas federações dos esportes olímpicos ainda reclamam por não terem recebido, ao longo dos anos que precedem os Jogos Rio 2016, o investimento que consideram necessário para que os atletas pudessem fazer bonito diante de sua torcida e do público do mundo todo que vai acompanhar as competições.
 
Para entender como ocorreu a utilização da seleção brasileira de futebol para fins de promoção política, sugerimos| o documentário “Nada es verdad nada es mentira: os vestiários políticos de um Brasil Tricampeão”, produzido por André Brandt, Bruno Elmano, Guilherme Aguiar e Renato Moreira, que mostra a relação entre o regime militar e a campanha do tricampeonato da seleção brasileira através da opinião de jornalistas, atletas e outras personalidades em evidência naquele momento. 

O momento político do país ao lado dos bastidores da seleção nacional. Como uma das maiores gerações do futebol brasileiro, a seleção que disputou a copa de 1970, estaria no olho do furacão entre a glória nacional através de seu esporte mais popular e o papel que o regime militar então vigente lhe daria no sentido de desviar a população dos graves problemas políticos daquele momento, marcado por violência, censura, cerceamento de direitos, tortura, autoritarismo. Nesse documentário de 2009, uma reflexão sobre o Brasil do início dos anos 1970 e como poderia ser o país de 2016, que também passa por turbulências políticas às voltas com uma competição esportiva de grande apelo frente à população.

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