Convergência midiática nas escolas: como lidam alunos e professores?
A discussão sobre os limites e possibilidades do uso de tecnologia nas escolas é recente e, ainda, uma polêmica. Como os aparatos tecnológicos podem ajudar (ou não) no processo de ensino e aprendizagem? Como isso interfere no currículo prescrito nas escolas? Sabemos que os projetos político-pedagógicos (PPPs) de cada instituição trazem muitas questões e orientações, mas na prática vemos, ainda, experiências que não contemplam essas possibilidades. Existem estudos atuais que trazem ricas experiências de professores que já documentam e ensinam diferentes conhecimentos através da tecnologia. Celulares, tablets, retroprojetores… A lista é enorme e sabemos que ela não se restringe só aos docentes.
E aí nos deparamos com uma pergunta importante: como os alunos interagem com essas tecnologias? É permitido a eles utilizá-las para conhecimento próprio dentro das escolas? O emprego de celulares e outros gadgets de uso pessoal podem ser compartilhados e trabalhados como ferramentas para ensinar? Como? É a partir dessas perguntas que chegamos ao que Inês Barbosa de Oliveira chama de currículo praticado – aquele que não nega os prescritos, mas cria novas possibilidades para além deles. Essa criação coletiva, que acontece dentro das salas de aula, afirma a autoria tanto de professores quanto de crianças, que podem agir com autonomia e aprender de novos modos, com novos suportes, dos quais podemos destacar aqueles que estão nas mãos de quase todo mundo.
Para encerrar essa breve discussão, lanço mais perguntas para pensarmos, enquanto profissionais da educação: e as redes sociais? E a internet? O conhecimento que é compartilhado para além do sistema escolar pode ser legitimado? De que forma? Pensem e pratiquem!
Igor Helal Anderson é pedagogo e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
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