Novo sistema de identidade única: como funcionará?
Uma questão antiga foi aprovada pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados. Um projeto de lei cria um documento único para cada brasileiro e deverá substituir o RG, o CPF, o título de eleitor e outros registros.
A proposta tramita no Congresso desde 2015, mas a polêmica é bem anterior. A primeira identificação unificada foi pensada em 1997, com uma lei aprovada por Fernando Henrique Cardoso.
Entenda como esse novo sistema deverá funcionar e quem será responsável pela sua implementação, caso o texto seja sancionado pelo presidente Michel Temer:
Atualmente, os brasileiros têm que fazer vários documentos:
A ideia é unificar esses documentos no DIN (Documento de Identificação Nacional)
Como deverá funcionar?
O CPF será usado como base para a identificação do cidadão e será associado a um dado biométrico colhido eletronicamente. Com isso, não será mais necessário apresentar os outros documentos.
O documento poderá ser emitido pela Justiça Eleitoral e outros órgãos, caso o TSE autorize. A impressão será de responsabilidade da Casa da Moeda.
Como o projeto chegou até aqui
Abril de 1997
Fernando Henrique Cardoso sanciona lei que previa a criação do RIC (Registro de Identidade Civil), um número único.
Maio de 2010
Lula publica decreto regulamentando a medida, e a implantação seria encabeçada pelo Ministério da Justiça. A Polícia Federal (Instituto Nacional de Identificação) dá início a estudos e elabora um projeto-piloto.
Março de 2012
Governo decide que é preciso reestruturar o projeto, que fica a cargo do Ministério da Justiça.
Julho de 2013
Pasta firma parceria com a Universidade de Brasília (UNB) para desenvolver tecnologias.
Março de 2015
Após um ano de estudos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresenta à presidente Dilma nova proposta de documento único, o RCN (Registro Civil Nacional).
Junho de 2015
Palácio do Planalto encaminha à Câmara projeto de lei que cria o RCN.
Julho de 2015
Estudos do Ministério da Justiça são suspensos sem que todos os relatórios estivessem concluídos.
Fevereiro de 2017
Câmara altera projeto do governo, mudando o nome do documento para DIN, e o aprova.
Abril de 2017
Proposta é aprovada no Senado.
E agora?
Temer deve sancionar a medida. O projeto de lei não estipula prazos para a implementação, que serão decididos pelo TSE. Mas espera-se que até 2018 o novo modelo de identificação seja uma realidade na vida dos cidadãos brasileiros.
Fonte: Folha de São Paulo
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