Guia Histórico | Museu da Polícia Militar
Uma casa de memória e culto às tradições militares e de produção de conhecimento. Essas são missões do Museu da Polícia Militar. Quem visita as suas instalações faz uma viagem pela história do Brasil. Para o cabo PM e professor de História Marco Aurélio Tavares a sociedade ainda vê o policial militar com muita restrição e lembra que a corporação está presente em todos os acontecimentos importantes na trajetória do país.
“Estivemos na Independência, na Guerra do Paraguai e na Proclamação da República, para citar alguns. O ato de policiar já é em si complicado. Nossa intenção é nos aproximar da população e do público infanto-juvenil do museu, que oferece muitas tarefas lúdicas”, afirma o assessor técnico. O papel da Polícia hoje é ser mais próxima da comunidade e menos coercitiva. Um dos desafios é mudar essa visão e valorizar a instituição como patrimônio cultural e histórico do país.
A corporação surge no Brasil colônia, com a vinda da Corte Portuguesa, quando é criada a Divisão Militar da Guarda da Polícia da Corte. Para começar, na sala do Império estão as armaduras medievais que pertenceram à nobreza e ordens religiosas, que foram doadas por Portugal. As armas de fogo utilizadas ao longo das guerras e movimentos históricos são uma das atrações, onde se mostra a evolução do armamento e as relíquias das 1ª e 2ª guerras mundiais. Outras curiosidades são o primeiro uniforme usado pela corporação e o decreto-lei assinado por D. João para criação da Guarda. Não dá para não ficar intrigado com o cachorro Brutus, que embarcou no navio para a Guerra do Paraguai, levou um tiro, porém chegou vivo ao Brasil. Segundo relatos o animal morreu envenenado e está empalhado e condecorado como herói no museu.
Na sala de uniformes os visitantes podem conferir as fardas dos comandantes, de diversas divisões, como da Florestal, do Bope e das UPPs, além da exposição de medalhas dos comandantes. A sala com telas de Washington Rodrigues reúne todas as fardas usadas pelas autoridades através dos tempos. Chama atenção o primeiro serviço de 190 do Rio, uma caixa azul com a chave-cidadão, uma das três existentes na cidade hoje em dia. Na década de 1950 a PM cria o policiamento em dupla, o popular Cosme e Damião, por iniciativa do Coronel Ururahy Magalhães.
Projeto pedagógico
Inaugurado em 1937, o museu foi reaberto em 1982, se instalando na casa do Comandante Geral e Chefe de Estado-maior. Para se aproximar da comunidade, a instituição tem uma equipe de colaboradores que guiam os visitantes pelas salas e revelam grandes acontecimentos da história, informa Marco Aurélio, que coordena o projeto pedagógico do museu.
No roteiro estão previstas atividades como o camarim, onde os pequenos podem se fantasiar com as diversas fardas, assistir a teatro de bonecos com a temática da história da Polícia e participar de jogos de tabuleiro, com simulações dos batalhões do Rio de Janeiro: “Entre as brincadeiras que mais atraem as crianças estão as roupas, principalmente a do Bope”, conta. A fim de não cair no esquecimento, a entidade envia para cada escola um CD com as fotos dos alunos fantasiados. Para agendar visitas com turmas de estudantes, basta entrar em contato por telefone. O museu está aberto à visitação das terças às sextas-feiras, das 9 às 16 horas, e a entrada é franca.
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