Com o avanço do coronavírus no Brasil, o Ministério da Educação possibilita uma importante medida para evitar que os estudantes sofram prejuízos durante o período de quarentena

Essa portaria que flexibiliza a substituição dos encontros presenciais por a distância tem validade inicial por 30 dias, podendo ser prorrogado conforme o avanço da doença. Neste momento de isolamentos, as tecnologias de ensino a distância surgem como uma alternativa para evitar que os estudantes sofram maiores prejuízos. Entenda!

A atual situação da educação no Brasil

Com o avanço do coronavírus (Covid-19) no Brasil, muitas redes públicas de ensino, escolas privadas e instituições de ensino superior suspenderem as aulas por um período indeterminado.

Um balanço realizado pelo Consed (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação) aponta a suspensão das aulas em pelo menos 20 estados e no Distrito Federal. Somente no dia 13/03, pelo menos 590 mil alunos foram afetados pela suspensão de aulas, número que cresce a cada dia.

Regras da medida adotada

A medida publicada em portaria no Diário Oficial da União é válida para as universidades federais, os institutos federais, o Colégio Pedro II, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), o Instituto Benjamin Constant (IBC) e as universidades e faculdades privadas.

As instituições que optarem pela substituição de aulas deverão comunicar a decisão ao MEC no prazo de 15 dias.

A portaria veda a medida aos cursos de Medicina e às práticas profissionais de estágios e de laboratório dos demais cursos. Será de responsabilidade das instituições definir as

ferramentas disponíveis aos alunos, as disciplinas que serão substituídas e a realização de avaliações.

Está autorizada também a alteração do calendário de férias, desde que cumpram os dias letivos e as horas-aula estabelecidos em lei. De acordo com o documento, as atividades acadêmicas suspensas deverão ser repostas

Ferramentas para facilitar as atividades educacionais a distância

Muitas empresas de tecnologia e de comunicação estão liberando o acesso a ferramentas e conteúdos para viabilizar aulas e atividades educacionais a distância. No Brasil, o MEC mantém a plataforma MEC Red, que reúne recursos digitais.

O canal de TV Futura oferece o Telecurso, disponível no YouTube, que pode ser usado como material de estudo nos ensinos fundamental e médio, e diversas plataformas educacionais privadas liberaram o acesso gratuitamente a quem desejar. A TV Escola do MEC também está com uma programação especial.

Essas medidas seguem uma tendência presente em diversos países que se viram frente à necessidade de suspender as aulas por causa do novo coronavírus. Apesar dos desafios envolvidos, o atual cenário pode ser uma oportunidade para que as escolas e redes de ensino passem a incluir as tecnologias de comunicação em suas práticas pedagógicas.

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Por Jéssica Almeida
Fontes: MEC e G1