Esquecer, uma vírgula: sempre é tempo de voltar a essa questão
Por Sandro Gomes*
Nessa edição vamos atender aos comentários de vários leitores que apresentam dúvida com relação ao uso de vírgulas. Aqui vamos listar vários casos que vão facilitar a sua vida na hora de escrever.
Você não deve esquecer a vírgula:
– antes e depois de termos intercalados na oração.
Celebre a vida, isto é, seja moderado.
– em caso de elipses do verbo.
Algumas pessoas precisam de sossego, outras (pessoas), de agito.
– para marcar termos coordenados.
Esteja atento, forte, vigilante, ativo!
– quando usar aposto.
Paris, a Cidade-luz, sediou as olimpíadas.
– em caso de predicativo no início ou no meio da frase.
O doutor, atencioso, escreveu a receita.
Atencioso, o doutor escreveu a receita.
Obs.: Se o predicativo estiver no final da frase a vírgula não deve ser usada. Veja:
O doutor escreveu a receita atencioso.
Você pode usar ou não a vírgula:
– depois de adjuntos adverbiais que não sejam longos.
Antes, nós agíamos com mais rigor. / Antes nós agíamos com mais rigor.
– Antes de orações adverbiais.
Eu te dou uma ajuda se você quiser. / Eu te dou uma ajuda, se você quiser.
– Se o sujeito for uma oração.
Quem ama perdoa. / Quem ama, perdoa.
Você jamais deve usar a vírgula:
– entre o verbo e o seu complemento.
Certo: Eu penso que amar é um dom.
Errado: Eu penso, que amar é um dom.
– entre o sujeito e o predicado.
Certo: Gente elegante evita certos hábitos.
Errado: Gente elegante, evita certos hábitos.
– antes de “e” em orações conjugadas com outras com sujeitos diferentes.
A chuva começou a cair, e o vento agitou as árvores.
Obs.: Quando as duas orações tiverem o mesmo sujeito, a vírgula não deve ser usada. Acompanhe.
A chuva começou a cair e provocou medo nos moradores.
É claro que o uso da vírgula é um assunto muito vasto, de forma que seria impossível abarcar todos os casos possíveis, até porque em muitos momentos o uso ou não depende do contexto. Mas aí já temos um bom número de situações que vão ajudar você a decidir. Até a próxima, pessoal!
*Sandro Gomes é graduado em Língua Portuguesa e Literaturas Brasileira, Portuguesa e Africana de Língua Portuguesa, colaborador da Revista Appai Educar, escritor e Mestre em Literatura Brasileira pela Uerj.
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