Invasões biológicas no Brasil

O Brasil enfrenta atualmente 476 invasões biológicas, contando com 268 animais e 208 plantas e algas. Veja o impacto dessa situação!


 

O Brasil enfrenta atualmente 476 invasões biológicas, contando com 268 animais e 208 plantas e algas. Geralmente esses seres estrangeiros não possuem predadores locais e proliferam rapidamente, sufocando as espécies nativas e provocando desequilíbrios nos ecossistemas chegando até mesmo à extinção de algumas delas. O Relatório Temático sobre Espécies Exóticas Invasoras, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, publicado pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, aponta que a maioria provém da África, Europa e sudeste asiático.

Grande parte desse fenômeno não ocorre de maneira natural, mas sim por meio do comércio de animais de estimação, plantas ornamentais ou atividades agropecuárias. Estas invasões exóticas acarretam prejuízos estimados entre 2 e 3 bilhões de dólares por ano no país. Ao longo de 35 anos (1984 a 2019), os danos mínimos ocasionados por apenas 16 espécies invasoras variaram de USD 77 a 105 bilhões de dólares. Entre elas, destacam-se pragas agrícolas e silviculturas, vetores de doenças, como o mexilhão-dourado, que provoca sérios danos econômicos a empreendimentos hidrelétricos, estações de tratamento de água e fazendas aquícolas.

 

Tirar o coelho da cartola

Um dos desafios atuais enfrentados pelos agricultores em várias regiões do país é o Lebrão, espécie de coelho que, embora tenha sido introduzida no Uruguai há quase 150 anos, encontrou condições ideais para se estabelecer no Brasil nas últimas décadas, devorando cultivos agrícolas inteiros. Além disso, há uma proliferação significativa de outras espécies invasoras, como tilápia, javali, sagui, pínus, tucunaré, coral-sol, búfalo, mamona e amendoeira-da-praia.


*Luiz André Ferreira é Professor e Mestre em Projetos Socioambientais.

Obs.: Toda a informação contida no artigo é de responsabilidade do autor. 


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