Sua voz, sua história: no jornal escolar LVG!

Projeto potencializa linguagem, leitura e escrita, levando alunos à imersão na experiência jornalística


Nos tempos atuais, onde a informação flui em ritmo acelerado e as vozes clamam por expressão, os jornais, seja nas modalidades on-line ou impressa, desempenham um papel fundamental na sociedade. Mais do que meros veículos de notícias, eles são os guardiões da liberdade de expressão, os contadores de histórias e os catalisadores do debate público. Desde os primórdios da imprensa, os jornais têm sido uma ferramenta poderosa para informar, educar e capacitar as massas.

E no âmbito educacional não é diferente. Na Escola Municipal M. Lêda Vargas Giannerini, situada em Tribobó, São Gonçalo, os alunos da turma 502 embarcaram em uma jornada para criar o seu próprio jornal escolar – o LVG (Leitura, Vida e Gestão). Sob a orientação da professora Priscilla Guilles, esse projeto visou não apenas fortalecer habilidades de escrita e leitura, mas também promover uma formação cidadã mais profunda e crítica entre os estudantes.

 

LVG – Leitura, Vida e Gestão

De acordo com Priscilla, o projeto começou com a apresentação do conceito de jornal escolar e a escuta das narrativas dos alunos sobre a proposta. Segundo a professora, o LVG não é apenas um periódico comum; é uma plataforma para os estudantes expressarem suas vozes, compartilharem suas ideias e investigarem questões que afetam suas vidas dentro e fora da escola. “Através dele, eles se tornaram jornalistas em formação, aprendendo não apenas sobre redação e pesquisa, mas também sobre responsabilidade, trabalho em equipe e empatia”, pontua.

 

Dinâmica e aprendizado em equipe

No primeiro momento, Priscilla fez a apresentação do projeto e a escuta das narrativas em relação à proposta que seria realizada. Na fase seguinte, os alunos, divididos em equipes de 24 estudantes, aprenderam sobre a linguagem utilizada num jornal, os dados e fontes e como é organizado. Estudaram juntos sobre as características essenciais de um periódico, desde sua estrutura até a verificação de fontes e dados.

Em consenso, ficou definido que toda segunda-feira seriam realizadas as reuniões de pauta. Os grupos se juntavam para discutir o tema e a estrutura das matérias. “Eram os próprios alunos que faziam a pesquisa do tema, elaboravam, criavam as imagens ligadas ao assunto e realizavam as entrevistas, que eram realizadas com diversos membros da comunidade escolar, desde merendeiras até professores do segundo segmento. Contaram também com a participação de setores fora do ambiente escolar, como o Creas, que contribuiu com entrevistas sobre o tema bullying na escola”, revela Priscilla.

 

Experiências, conquistas e reflexões

Durante o desenvolvimento do projeto, além da aquisição do aprendizado gerado pelo tema, os alunos puderam experimentar a dinâmica de estar com um professor do segundo segmento, gerando interesse e curiosidade para o próximo ano letivo. Um outro ponto de alta contribuição na aprendizagem foi a metodologia usada na produção das matérias. “Elas foram produzidas à mão pelos grupos, estimulando a reflexão crítica e a correção dos textos antes da transcrição e impressão final”, valoriza.

À medida que cada edição do LVG era concluída e lançada, a comunidade escolar se reunia para celebrar essa conquista coletiva. E, assim, o jornal se tornou não apenas um meio de comunicação, mas uma voz poderosa que ecoa os pensamentos, as preocupações e os triunfos de uma nova geração de cidadãos conscientes e engajados. “Vejo como uma grande oportunidade de desenvolvimento para os alunos. O jornal traz curiosidades e novidades para a escola”, constata Rosemary Amorim, professora de apoio especializado.

A também docente de apoio especializado da turma 502, Tiaga Vieira, defende sua visão acerca do impacto do projeto na comunidade escolar. “Penso que é um meio de fazer com que os alunos sejam pesquisadores, interessados nos assuntos ao seu entorno. Trabalhem em grupo, ouçam os seus pares, se organizem com os prazos e com isso cresçam e não se tornem pessoas omissas e levadas por qualquer informação”, analisa a professora.

 

A voz dos alunos no LVG

Para muitos alunos, o LVG não foi apenas uma atividade escolar, mas uma jornada de descoberta pessoal e crescimento. Eles aprenderam a importância da leitura e da escrita na sociedade, tornaram-se mais conscientes do seu papel como cidadãos e desenvolveram habilidades essenciais para o futuro. “Como pessoa que participou da escrita do jornal, achei divertido de fazer, mas não foi fácil, reconhece a aluna Geovanna Ribeiro, que também é colaboradora do periódico.

Já para Rafaella Paulino, também aluna colaboradora, a publicação abriu portas para uma aprendizagem múltipla. “Eu acho o jornal LVG muito interessante, pois você consegue conhecer um pouco sobre vários temas. Você pode aprender diversos assuntos em uma mesma edição”, frisa.

Para o aluno Guilherme Corrêa o trabalho do jornal foi muito importante, por ajudar a treinar a linguagem culta, a leitura e a escrita. “E a diretora pôde ver algumas críticas em nossa publicação e melhorar a escola. Treinamos o trabalho em equipe e isso ajudou as crianças a se socializarem umas com as outras”, pontua o jovem aluno jornalista.

Transformando vidas e moldando o futuro

Ao fazer uma avaliação de todo o projeto, Priscilla reconhece que, em um mundo onde a experiência é cada vez mais rara e a informação é abundante, o LVG se destaca como um farol de aprendizado, reflexão e conexão. “E enquanto os alunos da turma 502 continuam sua jornada de descoberta, o jornal escolar permanece como um testemunho vivo do poder da educação para transformar vidas e moldar o futuro, completa a professora Priscilla Guilles.


Por Antônia Figueiredo

Escola Municipal M. Lêda Vargas Giannerini
Rua Cecília Correia s/nº – Tribobó – São Gonçalo/RJ
Tel.: (21) 98717-1150
E-mail: priscillaguilles@yahoo.com.br


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