Um filme para refletir sobre a nossa busca de compreensão, significado e conexão com o universo. Será que estamos realmente sozinhos?

Disponível pela Appai na plataforma Looke com o benefício Minha Escolha!, “Os Portais” permite ao espectador uma imersão em histórias interconectadas que exploram as reações humanas diante do que não sabemos além dos limites da Terra. O filme, lançado em 2021, não apenas desafia as convenções do cinema de ficção científica, como também provoca profundas reflexões sobre a natureza humana, a capacidade coletiva de enfrentar o desconhecido e as infinitas possibilidades que o universo pode conter.

Ao seguir quatro perspectivas distintas, o filme demonstra a complexidade das respostas humanas a eventos que desafiam nosso entendimento do mundo. Essa multiplicidade de visões serve para destacar a diversidade intrínseca à condição humana, com cada narrativa oferecendo uma janela para as diferentes maneiras como indivíduos e comunidades podem enfrentar o mesmo desafio.

Os efeitos visuais utilizados para representar as portas e os conceitos por trás delas são inquietantes e impressionantes. Eles servem não apenas para deslumbrar o espectador, mas também para sublinhar a alteridade absoluta do fenômeno das portas. Essa estranheza visual ajuda a enfatizar o abismo entre a realidade cotidiana da humanidade e as novas realidades apresentadas pelas portas, estimulando o espectador a questionar o que eles conhecem como real e possível.

O desempenho dos atores é outro ponto de destaque, com cada personagem trazendo uma camada adicional de profundidade e humanidade para a história. Através de suas atuações, os temas de esperança, medo, curiosidade e desespero são explorados de maneira convincente, tornando as respostas emocionais ao fenômeno das portas palpáveis e relacionáveis.

“Os Portais” é uma obra que não só entretém, mas também convida à reflexão. As múltiplas perspectivas adotadas pelo filme são uma lembrança da complexidade das reações humanas diante do inexplicável. A produção não apenas captura a confusão e o maravilhamento diante do desconhecido, mas também reflete a nossa própria jornada coletiva em busca de compreensão, significado e, finalmente, conexão em um universo misterioso e vasto.

Por Richard Günter