Professor associado da Appai diz que “É cria de” e viraliza na Internet


Você pode não ter participado e até ter se irritado com a invasão na sua timeline, mas certamente de alguma forma você foi impactado pela mais recente corrente que tomou conta do Facebook contaminando até mesmo outras mídias sociais: “É cria de…mas…”. O objetivo da brincadeira é provocar relatos de vivências e peculiaridades da localidade em que as pessoas nasceram ou foram criadas.

No entanto, um professor de História da Rede Estadual do Rio, sem querer, acabou pegando carona nessa moda. Associado da Appai, Wellington Fialho, de 44 anos, resolveu aproveitar a popularidade dessa brincadeira e a usou como temática para antecipar o trabalho do segundo bimestre em sua turma, na Escola Hervalina Diniz, que fica no bairro Santo Antônio, distrito de Xerém. Rapidamente, seu post alcançou cerca de seis mil compartilhamentos e mais de mil curtidas.

A provocação aos alunos foi uma adaptação da corrente: “Diz ser cria de…, mas não conhece a história do seu bairro”. Além, é claro, de ficar livre a publicação pelos alunos em suas páginas sociais, o trabalho de pesquisa consiste em entrevistas, depoimentos, imagens antigas e atuais e um texto do aluno completando a frase emblemática.


“Como essa corrente foi massificada nas mídias sociais aproveitei dessa popularidade e antecipei o pedido do trabalho que é para ser entregue somente em junho. Fotografei e postei no Facebook o enunciado da atividade e marquei 3 ou 4 amigos também professores. Em menos de 2 horas já comecei a ser parabenizado” – revelou Wellington em entrevista ao site da APPAI.

Até nós da Appai entramos na onda dessa brincadeira

Imediatamente a ação de Wellington Fialho viralizou, assustando o professor com a rápida popularidade.

“Imediatamente comecei a ser cumprimentado por colegas professores e pessoas em geral. Acho bom porque aproveito essa oportunidade para despertar, agora não mais somente em meus alunos, a memória dos bairros do Rio de Janeiro antes que ela se perca”.

Como vários profissionais da educação, Wellington Fialho sente no dia a dia em sala de aula a concorrência da atenção com as mídias sociais e, ao invés de se ressentir disso, resolveu dar a volta por cima e aproveitar o que ela pode nos dar de melhor.

“Não sou viciado em redes sociais, mas percebei a sua força e o quanto tempo nossos alunos passam ali. Se não podemos com ela, temos que usar o que nos oferece de melhor”.

Tema este, por sinal, que foi recentemente abordado no site da Appai, reveja:


Por Luiz André Ferreira, Jornalista/professor, apresentador da Rádio Appai e Mestre em Projetos Socioambientais e Bens Culturais.


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