O que já estava correndo no boca a boca das mídias sociais entre corredores, esportistas e antenados em qualidade de vida foi legitimado com a mais recente edição do “Globo Repórter”. Diante disso não há nenhuma dúvida de que o pequi será o alimento do ano. Seguem avançadas as pesquisas nas Universidades de Brasília e de São Paulo.

A repercussão ao estrelar o programa jornalístico na emissora de maior audiência do país gerou uma correria desenfreada nas lojas especializadas. A maioria dos consumidores ficou frustrada, pois as principais redes fora da região Centro Oeste não oferecem o composto em escala. A versão do óleo em capsula já é produzida há algum tempo, porém a base da distribuição é feita através de encomendas virtuais e entregas pelos Correios. As lojas físicas agora correm contra o tempo nas encomendas tentando ainda aproveitar a carona na repercussão midiática para a grande massa.

Apesar de ser um produto natural e vendido sem restrições é sempre recomendável conversar com um médico ou nutricionista sobre o uso adverte a nutricionista da Appai, Juliana Ferro:

“É importante consultar um especialista que vai avaliar a real necessidade desse suplemento baseado nas especificidades de cada um. O fato de ser bom para um não quer dizer que seja para todos. Pessoas com doenças hepáticas podem apresentar dificuldade em metabolizar esse óleo”.

Pesquisa com atletas: resultados surpreendentes

Foi em março de 2017 que começou a ser comercializado em capsulas de óleo. Porém, isso depois de 18 anos de incessantes pesquisas promovidas pela Universidade de Brasília. Os benefícios são muitos, entre eles de ser um antioxidante natural, portanto um dos principais aliados para atletas que praticam esportes de longa duração e intensidade. Isso acrescido a outros efeitos que garantem uma boa performance como: proteção cardiovascular, redução da pressão arterial e aterosclerose.

“O produto tem excelentes propriedades, mas deve ser usado com cautela. Esse óleo é extremamente calórico. Portanto, quem consumir e não queimar essa energia pode desenvolver ganho de peso” – alerta a nutricionista da Appai, Juliana Ferro

O Responsável pelos estudos, o biólogo e professor-titular do Instituto de Ciências Biológicas e coordenador do Laboratório de Genética da UnB, César Koppe Grisólia acompanhou de perto as atuações de 126 corredores. O grupo passou por exames para analisar os radicais livres, mutações genéticas, pressão arterial e colesterol logo após participar de uma maratona. Em seguida, metade dos atletas usou 400 mg de óleo de pequi durante 14 dias. Após outra prova foram submetidos a nova bateria de testes que comprovou a eficácia.

“Realmente os estudos comprovam que esse produto pode ser um excelente complemento alimentar para corredores, maratonistas e praticantes de modalidades de alto impacto” – explica a nutricionista da Appai.

Resultado mais eficaz para os mais velhos

Os que fizeram uso do medicamento natural apresentaram menos inflamação muscular, danos no DNA das células e estresse oxidativo. Embora tenha sido positivo em todas faixas etárias, as análises mostraram que os atletas acima de 45 anos foram os que apresentaram as produções de radicais livres mais altas. Ou seja, o estudo aponta ser mais benéfico para os mais idosos. A Universidade de Brasília já patentiou o material que foi enquadrado na categoria de novos alimentos.

Pesquisa de eficácia no combate ao Câncer

Em estágio menos avançado, outra pesquisa com o pequi está sendo desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP). Cientistas acreditam que esta fruta seja capaz de impedir lesões provocadas pelo câncer de fígado. Os testes já foram positivos em células e animais. A próxima etapa vai ser realizar em humanos.

Estética já faz uso com eficácia para pele e cabelos

Mas antes da comprovação para a saúde, o setor beleza já tinha descoberto os potenciais do pequi. Por ter altas concentrações de vitaminas A e E vem sendo usado para ajudar no crescimento, hidratação, reconstrução dos fios e prevenção de queda dos cabelos, além de garantir alto brilho e sedosidade.

Além do couro cabeludo, a pele também se beneficia do produto que já vem sendo aplicado em tratamentos anti-envelhecimento, controle da oleosidade, eczemas, dermatites e rachaduras,

Velho conhecido da Culinária

A fruta típica do Cerrado já é velha conhecida no Centro Oeste. O prato típico da região, arroz com pequi já sangrou a língua de muitos turistas que tiveram que ser levados aos hospitais. É que a espinhosa fruta não é para ser comida, apenas para ser cozida junto e deixar seu gosto e coloração amarelada no cereal.

Por Luiz André Ferreira | Jornalista, Professor, Apresentador da Rádio Appai e Mestre em Projetos Socioambientais e Bens Culturais.

Matéria do Globo Repórter: Fruto do Cerrado, Pequi possui poderosos benefícios para a saúde