Lei muda a rotina de Professores de Educação Física, Personal Trainers e treinadores que atuem em academias, clubes, associações, praias, espaços esportivos fechados e ao ar livre, além de escolas tradicionais. Eles terão que se capacitar em Atendimento de Emergência e Suporte Básico de Vida (AESBV). Trata-se de um conjunto de ações que vão desde procedimentos diante de pequenos acidentes a problemas mais graves como paradas cardiorrespiratórias.

Há um curto prazo para adaptação, pois o texto foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa e sancionado, sem vetos, pelo governador Luiz Fernando Pezão. Os que ainda não possuem o curso podem se inscrever nos oferecidos gratuitamente, desde 2014, pelo Conselho Regional de Educação Física, através do site www.cref1.org.br, onde também é possível obter mais informações sobre a nova lei.

Segundo estimativa do Conselho, cerca de 20% dos professores desta área no estado já estão capacitados e 80% na cidade do Rio, ou seja, no total, em torno de 50 mil profissionais. Essa diferença entre as duas esferas governamentais ocorre porque na capital fluminense essa exigência já está em vigor. O treinamento deve ser renovado a cada 24 meses. Nesse período de adaptação é exigida a presença de pelo menos um professor já capacitado. Essa quantidade tende a ser aumentada conforme mais profissionais venham a ser treinados.

De acordo com pesquisas científicas, uma ágil e adequada assistência pode proporcionar até 60% de chance de sobrevivência. Como cada vez mais pessoas se exercitam, muitos por problemas de saúde (indicadas por médicos ou não), a incidência de mortes súbitas e acidentes durante essas práticas vem aumentando progressivamente.