13 de Novembro, Dia da gentileza ?
Falar desse tema é fácil quando se tem na memória um personagem tão significativo, que viveu um período da vida na cidade do Rio de Janeiro. Sim, José Datrino, largamente conhecido como o “Profeta Gentileza”, que marcou uma época e permanece vivo nas lembranças de muitos.
Sua história é constituída pelos mais significativos acontecimentos, mas um dos mais marcantes está ligado à tragédia do Gran Circus Norte-Americano. No ano de 1961, no dia 17 de dezembro, ocorreu uma das maiores fatalidades do mundo circense, um incêndio em que morreram mais de 500 pessoas, a maioria crianças, em Niterói, RJ.
A história registra que nesse episódio o Profeta foi para o local onde havia ocorrido o incêndio, plantou hortas e fez jardins sobre as cinzas daquele triste acontecimento, se tornando um voluntário consolador das pessoas que por lá passavam. A palavra “gentileza” foi a marca de “José Agradecido”, como também era chamado por alguns. Por vezes, ao ser intitulado de maluco, devolvia com gentileza a seguinte resposta: “Sou maluco pra te amar e louco pra te salvar”.
Sabendo muito bem que o substantivo “gentileza” deriva do adjetivo (qualidade) “gentil”, amável, encantador, o nosso Profeta Gentileza viveu essa história verídica que nos inspira a pensar no quanto carecemos de sentimentos como esses.
Ser gentil tem relação direta com o amar; o gentil, em essência, é amável. Reconhecer o outro, cuidar, estender a mão, dando valor ao nosso semelhante, respeitando, acolhendo, colaborando e compartilhando.
Embora falar desse assunto pareça ter um quê de mundo de Polyana, em que tudo parece transpirar positividade e amor, na prática a gentileza não é abundante como gostaríamos, pois não é fácil de ser colocada em ação.
Mas então o que é possível fazer para mudar esse quadro?
Guilherme Krauss nos dá dicas preciosas: “Desapegar da necessidade de retorno é amável, é gentil. Talvez seja romântico demais pensar que podemos mudar o mundo transformando esse comportamento em hábito. Talvez seja romântico demais pensar que podemos ser 100% gentis, afinal, há a TPM, o bad hair day, o colega grosseiro e o fura-fila que eu simplesmente não consigo tolerar. Mas certamente é possível pensar que podemos ser sempre mais gentis. De ato em ato. De gesto em gesto. Afinal, é assim que se forma o hábito.”
Para você que acabou de ler este texto, o nosso muito obrigado. Volte sempre, pois é um prazer tê-lo conosco.
Por Andréa Schoch | Mestre em educação, especializada em formação de professores e consultora Appai por meio da EAD.
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