No Brasil, Malala defende que a educação é o melhor investimento
A ativista paquistanesa e a pessoa mais jovem a receber um Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, aproveitou sua visita ao Brasil para defender que a educação a longo prazo é o melhor investimento, em especial para o desenvolvimento feminino. “O empoderamento das meninas vem da educação, tem a ver com emancipação”, afirma.
Malala ressalta que um dos seus objetivos no Brasil é achar meios para que as 1,5 milhão de meninas que estão fora da escola tenham acesso à educação. A paquistanesa quer promover também esse avanço entre as comunidades menos favorecidas no Brasil. “A melhor forma de melhorar a educação em qualquer país é realizar parcerias com ativistas locais. Vamos focar nas regiões que mais precisam, como o Nordeste, mas também queremos apoiar outras campanhas. Estou aqui para aprender e usar o Fundo Malala da melhor maneira”, garantiu para uma plateia formada por 800 convidados, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo.
MALALA VAI PATROCINAR TRÊS BRASILEIRAS QUE LUTAM PELA EDUCAÇÃO DE MENINAS
Depois da palestra em São Paulo, ela anunciou que as primeiras ativistas do Brasil a integrar a Rede Gulmakai – uma iniciativa do Fundo Malala que patrocina homens e mulheres que incentivam ou promovem a educação de meninas em vários países – são Ana Paula Ferreira de Lima (Bahia), Sylvia Siqueira Campos (Pernambuco) e Denise Carreira (São Paulo).
O Fundo Malala já chegou a investir recursos em projetos de ativistas indígenas do México, mas o anúncio feito na última terça marca a expansão da Rede Gulmakai para a América Latina, começando pelo Brasil. O projeto já contempla outros seis países: Afeganistão, Líbano, Índia, Nigéria, Paquistão e Turquia.
MALALA DAY
Hoje, 12 de julho, comemora-se o Dia Malala Day, declarado pela ONU em homenagem à garota paquistanesa, sobrevivente de um atentado após levar um tiro na cabeça de um extremista talibã.
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